Jurista experiente, discreto e com forte articulação política, Paulo Gonet assume a liderança do Ministério Público Federal em um dos momentos mais delicados da democracia brasileira.
Um perfil jurídico de peso
Paulo Gustavo Gonet Branco, mais conhecido como Paulo Gonet, é o atual procurador-geral da República (PGR) e um dos nomes mais respeitados no meio jurídico nacional. Nascido no Rio de Janeiro em 16 de agosto de 1961, Gonet é procurador da República desde 1987, após conquistar o primeiro lugar no concurso do Ministério Público Federal (MPF).
Formação sólida e carreira consolidada
Graduado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), Paulo Gonet possui doutorado pela mesma instituição e também é mestre em Direitos Humanos Internacionais pela Universidade de Essex, no Reino Unido. Sua trajetória no Ministério Público é marcada por atuações relevantes, sobretudo nas áreas eleitoral e constitucional.
Entre 2021 e 2023, Gonet exerceu o cargo de vice-procurador-geral Eleitoral, sendo responsável por ações sensíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Reconhecimento acadêmico
Além da atuação no MPF, Gonet é uma referência no meio acadêmico. É coautor da obra “Curso de Direito Constitucional”, escrita em parceria com o ministro Gilmar Mendes, livro que venceu o Prêmio Jabuti em 2008. Ele também é fundador do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), instituição de renome na formação de juristas.
Nomeação à PGR e articulação política
Paulo Gonet foi indicado ao cargo de procurador-geral da República em dezembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A indicação foi aprovada com folga pelo Senado Federal, com 65 votos favoráveis e 11 contrários.
O novo PGR é reconhecido por sua discrição e habilidade de articulação entre os Três Poderes, mantendo boas relações com ministros influentes do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Perfil conservador e foco institucional
Com postura conservadora e visão institucionalista, Paulo Gonet tende a atuar com equilíbrio entre independência funcional e diálogo com os poderes da República. Sua missão à frente da PGR inclui temas de alta sensibilidade política, como as investigações dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, ações envolvendo figuras públicas e a defesa do Estado democrático de direito.
1 comentário
[…] parecer assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que a denúncia carece de elementos mínimos que indiquem crime e que a autora […]