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Operação Ghosthunters: Mega-Ação Policial em 7 Estados Mira Quadrilha Especializada em Fraudes Bancárias Online

Coordenação nacional do Ministério da Justiça e inteligência do Ciberlab são chave em ofensiva contra organização criminosa que atuava com fraudes digitais e lavagem de dinheiro; 23 prisões e buscas em andamento.

por Ifatos
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Em uma demonstração de força coordenada contra o cibercrime financeiro, as Polícias Civis de sete estados brasileiros deflagraram na manhã desta quinta-feira (10 de abril de 2025) a Operação Ghosthunters. O alvo: uma organização criminosa sofisticada, especializada em aplicar golpes através de fraudes bancárias online e em complexos esquemas de lavagem de dinheiro para ocultar os lucros ilícitos. A ação, que cumpre 23 mandados de prisão temporária e 4 de busca e apreensão, evidencia a crescente necessidade de integração policial e uso de inteligência cibernética para combater quadrilhas que operam nas sombras da internet, muitas vezes vitimando cidadãos e empresas em todo o território nacional. A Operação Ghosthunters contra fraude bancária representa um golpe significativo contra esse tipo de criminalidade.

O Alvo: A Indústria Multifacetada da Fraude Bancária Digital

As organizações criminosas como a que é alvo da Operação Ghosthunters operam com um arsenal variado de técnicas para enganar vítimas e subtrair valores de contas bancárias. O modus operandi frequentemente envolve:

  • Phishing e Engenharia Social: Criação de e-mails, mensagens de SMS ou WhatsApp e até páginas falsas que imitam instituições financeiras legítimas para induzir as vítimas a fornecerem senhas, dados de cartão ou códigos de segurança. Muitas vezes, ligações telefônicas fraudulentas complementam o golpe.
  • Malware Bancário: Disseminação de softwares maliciosos (trojans, keyloggers) que infectam computadores e celulares para roubar credenciais de acesso bancário diretamente dos dispositivos das vítimas.
  • Golpes de Pagamento Instantâneo: Exploração de vulnerabilidades ou desatenção em sistemas como o Pix para desviar transferências ou induzir pagamentos para contas controladas pelos criminosos.
  • Uso de Laranjas e Contas de Passagem: Recrutamento de “mulas” (pessoas que cedem suas contas) para receber o dinheiro roubado e dificultar o rastreamento dos valores até os verdadeiros beneficiários.

Esses crimes não são atos isolados, mas sim parte de uma cadeia organizada que exige planejamento, conhecimento técnico e uma rede de colaboradores para movimentar e lavar o dinheiro obtido ilegalmente.

A Resposta Coordenada: Integração e o Papel Crucial do Ciberlab

O combate eficaz a essas redes criminosas, que atuam de forma descentralizada e digital, exige uma resposta policial igualmente integrada e tecnologicamente avançada. A Operação Ghosthunters exemplifica essa nova abordagem:

  • Coordenação Nacional: A Diretoria de Operações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), atuou como o eixo central, articulando a ação simultânea das Polícias Civis nos diferentes estados. Isso evita que a investigação em um estado alerte os criminosos em outro.
  • Inteligência Cibernética (Ciberlab): O Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP desempenhou um papel fundamental ao rastrear as transações financeiras ilegais do grupo. Essa capacidade de seguir o dinheiro no ambiente digital, identificando padrões e conexões entre contas e suspeitos, é vital para mapear a estrutura da organização e fornecer as provas necessárias para a Justiça autorizar as prisões e buscas. O nome “Ghosthunters” (Caçadores de Fantasmas) pode, inclusive, aludir a essa caça a criminosos que tentam operar anonimamente online.

Operação em Campo: Mandados e Abrangência Geográfica

A fase ostensiva da operação, que ocorre nesta quinta-feira, visa cumprir 23 mandados de prisão temporária e 4 mandados de busca e apreensão. A prisão temporária é uma medida cautelar utilizada durante a investigação para evitar que suspeitos interfiram na coleta de provas ou fujam. As buscas visam apreender computadores, celulares, documentos e outros itens que possam conter evidências dos crimes.

A abrangência geográfica da operação demonstra a capilaridade da organização criminosa, com alvos localizados em sete estados: São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná, Amazonas, Ceará e Bahia. Essa dispersão reforça a necessidade da coordenação nacional para o sucesso da investigação.

Significado e Próximos Passos: Desmantelamento e Prevenção

A Operação Ghosthunters tem o potencial de causar um impacto significativo:

  • Desmantelamento da Rede: A prisão dos suspeitos e a análise do material apreendido podem levar à completa desarticulação da estrutura logística e financeira da quadrilha.
  • Recuperação de Ativos: Embora complexa, a investigação pode identificar bens adquiridos com dinheiro ilícito, possibilitando futuro ressarcimento às vítimas ou confisco pelo Estado.
  • Dissuasão: Operações de grande porte servem como um aviso para outros grupos criminosos que atuam na área.

Após as prisões e buscas de hoje, a investigação prossegue. Os suspeitos serão interrogados, as provas analisadas e, caso se confirmem os indícios, a Polícia Civil concluirá o inquérito, que será remetido ao Ministério Público para eventual oferecimento de denúncia criminal à Justiça.

Um Passo Importante na Luta Contra o Cibercrime Financeiro

A Operação Ghosthunters é um exemplo emblemático da evolução necessária no combate ao crime organizado na era digital. A combinação de investigação tradicional, inteligência cibernética avançada e coordenação interagências entre estados e o governo federal é o caminho para enfrentar quadrilhas que exploram a tecnologia para lesar cidadãos e empresas. Enquanto os resultados finais da operação ainda serão consolidados, a ação desta quinta-feira representa um passo importante para trazer à luz e responsabilizar os “fantasmas” que se escondem por trás das telas para cometer fraudes bancárias e lavar dinheiro, reforçando a segurança e a confiança no ambiente digital.

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