Uma força-tarefa implacável da Polícia Civil do Paraná (PCPR) entrou em ação nesta quarta-feira (26 de março de 2025) para desmantelar uma quadrilha que misturava tráfico de drogas com uma rede sofisticada de lavagem de dinheiro. Batizada de Operação Narke, a ofensiva prendeu 24 suspeitos em cidades do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, mobilizando cerca de 150 policiais em uma ação coordenada que sacode o crime organizado no Brasil.
Uma Rede Criminosa sob Ataque
A operação não veio para brincar. Além das prisões, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e 41 medidas patrimoniais, incluindo o bloqueio de contas bancárias, sequestro de imóveis e congelamento de aplicações financeiras. Em uma das contas, ligada a um dos braços direitos do líder da organização, a polícia rastreou uma movimentação ilegal de R$ 11 milhões – valores fracionados e espalhados por contas de laranjas para despistar as autoridades.
O Alcance da Megaoperação
Os alvos foram caçados em sete cidades: Marialva, Apucarana, Cianorte e Paranavaí (Paraná), Birigui e Ribeirão Preto (São Paulo) e Belo Horizonte (Minas Gerais). Durante as buscas, os policiais apreenderam grandes quantidades de maconha e cocaína, além de dinheiro vivo e celulares que agora estão sob análise para revelar mais conexões do esquema.
Três Anos de Investigação
Tudo começou há três anos, com os olhos atentos da PCPR fixos em um suspeito de Marialva, identificado como um dos maiores distribuidores de drogas na região Noroeste do Paraná. “Nosso alvo principal era desmontar a estrutura financeira dessa quadrilha, que operava com métodos sofisticados de lavagem de dinheiro e tráfico”, explica o delegado Leandro Munin, que liderou as investigações. O grupo usava contas fictícias, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, para movimentar o dinheiro sujo pelos três estados.
Golpe no Lucro Ilícito
O objetivo é claro: cortar o fluxo de dinheiro ilícito e confiscar os bens comprados com crime
, destaca o delegado Ricardo Casanova. A operação não só tira criminosos das ruas, mas também arranca das mãos deles o poder econômico que sustenta suas atividades. É um recado direto: o crime não compensa.