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Juliana Oliveira Denuncia Otávio Mesquita: Um Grito Contra o Silêncio

Escândalo no SBT: Juliana Oliveira Acusa Otávio Mesquita de Estupro e Revela Silêncio da Emissora

por brunojorge
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Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do “The Noite”, no SBT, chocou o Brasil em 8 de abril de 2025. Ela acusa Otávio Mesquita de estupro, por toques não consentidos durante uma gravação em 2016. Mas a dor não parou ali. Por anos, a produção a trancou em banheiros para evitar encontros com ele, como se ela fosse o erro. Demitida após buscar justiça, Juliana agora enfrenta o sistema. Sua história, revelada em um vídeo nas redes, expõe o machismo na TV e o preço do silêncio. O que aconteceu naquele palco? E por que uma emissora escolheu ignorar? Vamos mergulhar nessa narrativa de coragem e resistência.

Um Palco que Virou Pesadelo

Em 25 de abril de 2016, o estúdio do “The Noite” pulsava com energia. Otávio Mesquita, convidado especial, entrou de forma teatral: pendurado de cabeça para baixo, preso por cabos, com uma fantasia exagerada. Juliana Oliveira, então com 29 anos, tinha uma tarefa simples: ajudar Danilo Gentili a soltá-lo. Tudo estava ensaiado. Mas o roteiro desmoronou. “Ele tocou minha bunda, meu peito. Eu tentei afastar, mas ele me agarrou”, contou ela em 15 de abril de 2025, nas redes. As imagens, ainda online, mostram o desespero. Juliana dá tapas, chutes, enquanto Mesquita faz gestos obscenos. A plateia ri, sem entender.

O Momento que Marcou uma Vida

A violência não foi só física. Mesquita, segundo Juliana, zombou de seu corpo, chamando seus seios de “durinhos” diante de todos. “Não foi humor. Foi humilhação”, disse ela, com a voz embargada. O programa seguiu, mas Juliana carregou o trauma. Na mesma noite, ela reclamou com Gentili e a produção. “Eu disse que era errado, que ele passou dos limites”, afirmou. A resposta? Uma promessa vazia: Mesquita não voltaria. Mas ele aparecia, gravando conteúdos paralelos. E Juliana pagava o preço.

O Silêncio que Sufoca

A solução do “The Noite” foi cruel. Quando Mesquita surgia no estúdio, Juliana ouvia: “Pro banheiro, agora.” Por anos, ela foi escondida, como se fosse a culpada. “Eu me sentia um lixo, trancada enquanto ele circulava livre”, desabafou. O SBT, procurado por jornalistas, nunca se pronunciou. Esse vazio reflete uma cultura antiga na TV brasileira, onde vítimas são silenciadas para proteger os poderosos. Quer saber como a TV mascara abusos? O caso de Juliana é um exemplo brutal.

Um Trauma sem Nome

Por muito tempo, Juliana não entendeu o que viveu. Em 2020, tudo mudou. Ela viu Gentili defendendo Dani Calabresa contra Marcius Melhem, em um caso de assédio na Globo. “Pensei: ‘Se aquilo foi abuso, o que aconteceu comigo também foi’”, explicou. Mas o medo travava. Denunciar era arriscar a carreira, enfrentar gigantes. Ela seguiu no SBT, migrando para repórter no “Chega Mais”. O peso, porém, nunca saía.

A Coragem de Falar

Em 2024, Juliana decidiu agir. Levou o caso ao compliance do SBT, esperando apoio. Nada veio. Em fevereiro de 2025, após 11 anos, ela foi demitida. “Falei a verdade, e eles me jogaram fora”, acusou. Uma emissora liderada por mulheres escolheu o silêncio. Cansada, Juliana foi ao Ministério Público de São Paulo. Em março de 2025, denunciou Mesquita por estupro, com apoio do advogado Hédio Silva Jr. “A lei de 2009 é clara: atos libidinosos com violência são estupro”, afirmou Hédio.

Provas que Não Mentem

O vídeo da gravação é central. Nele, Mesquita ignora a resistência de Juliana, toca seu corpo e faz piadas degradantes. “Ele usou o palco para humilhar”, disse Hédio. A defesa também culpa o SBT por negligência. “A emissora falhou em proteger Juliana”, argumentou. A Polícia Civil, por ordem do MP-SP, investiga em Osasco. O caso agora está nas mãos da Justiça, mas já mudou o debate público.

A Defesa de Mesquita

Otávio Mesquita reagiu rápido. Em um vídeo no Instagram, negou tudo. “Foi uma brincadeira combinada. Estupro? Absurdo”, disse. Ele admitiu um erro. “Hoje, eu não faria. Na época, era visto como humor.” Seus advogados, liderados por Roberto Campanella, abriram uma ação contra Juliana, pedindo indenização. “Qualquer valor será doado a ONGs de mulheres”, prometeu Campanella. Mesquita sugere que a denúncia é vingança pela demissão. “Nove anos depois? Estranho”, questionou.

O Contra-ataque de Juliana

Juliana não se intimida. “Ninguém espera uma década para inventar isso. O trauma tem seu tempo”, rebateu. Hédio reforça: “Vítimas hesitam por medo. Ela falou quando pôde.” O caso divide opiniões. “Juliana é uma inspiração”, postou uma internauta. Mas há críticas. “Por que só agora?”, perguntou um usuário no X. A verdade, porém, está nas provas e na Justiça.

Um Brasil em Reflexão

O caso de Juliana Oliveira vai além de um estúdio. Ele escancara o machismo que por décadas moldou a TV brasileira. “O humor sempre foi desculpa para abusos”, disse uma ex-roteirista, sob anonimato. Juliana quer justiça, mas também mudança. “Falo por mim e por todas que foram caladas”, afirmou. Enquanto o processo avança, o Brasil debate: o palco deve entreter ou esconder verdades? Juliana escolheu revelar as suas.

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