Um dos vulcões mais temidos do planeta entra novamente em erupção
Na última terça-feira (1º), o vulcão Kilauea, localizado na Ilha Grande do Havaí, voltou a entrar em erupção com força impressionante. A nova atividade lançou jatos de lava incandescente a mais de 200 metros de altura, criando um espetáculo assustador no céu havaiano. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), as imagens aéreas revelaram um fluxo de lava constante, acompanhado de intensa emissão de fumaça e fragmentos vulcânicos.
Essa erupção reforça a reputação do Kilauea como um dos vulcões mais ativos do planeta, frequentemente monitorado por especialistas em geologia devido ao seu comportamento imprevisível.
Lava avança e cobre áreas próximas à Highway 11
O USGS também confirmou que os fluxos de lava atingiram até 700 metros de distância da abertura principal, ameaçando regiões próximas à Highway 11, uma das rodovias mais importantes da região. Além da lava, houve grande emissão de tefra — fragmentos de rocha expelidos durante erupções — que se acumulam rapidamente em áreas adjacentes.
“Em algumas áreas, o acúmulo de tefra já atinge 1,5 metro de espessura, resultado direto de 16 episódios eruptivos registrados desde 23 de dezembro de 2024”, apontou o USGS em nota oficial.
Monitoramento constante e alerta à população
Apesar da intensidade da erupção, o evento atual se concentra em uma zona remota, e não representa risco imediato à população, segundo os órgãos de proteção civil. No entanto, autoridades locais alertam turistas e residentes a evitarem a área próxima à cratera, uma vez que mudanças súbitas no comportamento do vulcão são comuns.
O Parque Nacional dos Vulcões do Havaí também reforçou suas medidas de segurança e limitou o acesso a trilhas e mirantes próximos à zona de erupção.
Impacto ambiental e pesquisas em andamento
Além dos danos potenciais à infraestrutura, a erupção do vulcão Kilauea também levanta preocupações ambientais. A liberação de dióxido de enxofre e outros gases tóxicos pode afetar a qualidade do ar em comunidades próximas, exigindo o uso de máscaras e sistemas de ventilação especiais.
Especialistas do USGS estão coletando amostras de lava, cinzas e gases para aprofundar os estudos sobre o comportamento geológico do Kilauea e seus ciclos eruptivos. Esses dados são cruciais para entender melhor a dinâmica dos “hotspots” vulcânicos, que são as regiões do manto terrestre onde o calor escapa com mais intensidade.
Erupções frequentes e potencial destrutivo
O Kilauea já foi responsável por episódios de destruição em larga escala. A erupção de 2018, por exemplo, devastou bairros inteiros, forçando a evacuação de mais de 2 mil pessoas. Desde então, o vulcão tem alternado períodos de dormência e atividade, o que mantém a ilha sob constante vigilância científica.
