‘Dia da Libertação’: Por Que Trump Batizou Assim Seu Plano de Tarifas?
Donald Trump não escolheu o nome “Dia da Libertação” à toa. Para o presidente dos Estados Unidos, 2 de abril de 2025 marca o início de uma revolução comercial, com o anúncio de tarifas retaliatórias que prometem “liberar” os EUA de anos de desvantagens no comércio global. Mas o que está por trás desse apelido ousado? Vamos explorar o significado e os impactos dessa jogada que pode sacudir o mundo – e o Brasil não fica de fora.
A Visão de Trump: Justiça no Comércio
Na cabeça do republicano, os EUA estão cansados de serem “passados para trás”. Ele acredita que países ao redor do mundo – amigos ou rivais – aplicam tarifas salgadas em produtos americanos enquanto os EUA abrem as portas com taxas mais baixas. Por exemplo, o Canadá tem uma tarifa teórica de 250% sobre laticínios dos EUA, algo que Trump vê como um tapa na cara. Para ele, o “Dia da Libertação” é a chance de virar o jogo, trazendo equilíbrio e protegendo os trabalhadores americanos.
O Anúncio que Promete Mudança
Nesta quarta-feira, Trump sobe ao palco da Casa Branca para revelar tarifas recíprocas que vão atingir diversos parceiros comerciais, incluindo o Brasil. Na segunda-feira (31), ele deixou claro: ninguém escapa. “Será o Dia da Libertação na América”, ecoou a secretária de imprensa Karoline Leavitt, reforçando que, pela primeira vez em décadas, os EUA vão jogar duro para garantir um comércio justo. A ideia é simples: se você taxa os produtos americanos, prepare-se para sentir o mesmo peso.
Tarifas Altas: Injustiça ou Ilusão?
Leavitt apontou o dedo para tarifas exorbitantes, como as do Canadá, que dificultam a vida de exportadores americanos. No entanto, há um porém: essas taxas altíssimas muitas vezes são só de fachada, já que países com barreiras tão grandes compram pouco dos EUA. Mesmo assim, Trump insiste que o desequilíbrio machuca a economia americana, tirando empregos e oportunidades. A solução? Espelhar essas tarifas e forçar uma renegociação global.
O ‘Tarifaço’ e Seus Objetivos
O plano de Trump vai além de um simples ajuste. Ele quer reduzir o déficit comercial dos EUA, trazer fábricas de volta ao país e mostrar que os tempos de “bondade excessiva” acabaram. Desde a campanha, o republicano martela que parceiros como Brasil, Europa e Ásia exploram os EUA com barreiras comerciais desleais. Agora, com tarifas já aplicadas em aço e alumínio, e mais por vir, o “Dia da Libertação” é o ápice dessa cruzada – uma aposta alta que pode redefinir o comércio mundial.