“A parceria entre China e Brasil é incontornável e indestrutível”, afirmou Lula, em uma citação direta que ecoa sua visão de uma aliança estratégica. Na sua segunda visita ao país no terceiro mandato, ele elogiou a postura comercial da China, condenou as tarifas impostas pelos Estados Unidos e celebrou R$ 27 bilhões em investimentos chineses no Brasil. A visita, que incluiu eventos comerciais paralelos ao Fórum China-CELAC, reforça o papel do Brasil como líder do Sul Global, equilibrando relações com a China e os EUA enquanto promove desenvolvimento e sustentabilidade.
Uma Parceria Estratégica e Duradoura
Lula destacou a robustez da relação com a China, principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. “A parceria entre China e Brasil é incontornável e indestrutível”, declarou, em uma fala que reflete a confiança na cooperação bilateral. Ele elogiou a China, afirmando que “A China está se comportando como exemplo” no comércio global, uma citação direta que sublinha seu apoio ao multilateralismo. Essa visão contrasta com o protecionismo de outros países e reforça a posição do Brasil como defensor do comércio aberto.
O comércio bilateral atingiu US$ 150,4 bilhões em 2022, com exportações brasileiras de soja e minério e importações chinesas de tecnologia e manufaturados. Em 2025, Lula busca diversificar essa relação, atraindo investimentos em infraestrutura e inovação. Os R$ 27 bilhões anunciados incluem projetos em automóveis, semicondutores, ferrovias, e agronegócio, fortalecendo setores estratégicos para a reindustrialização do Brasil.
Rejeição ao Protecionismo Americano
Lula criticou duramente as tarifas comerciais impostas pelos EUA, lideradas por Donald Trump, que aplicou impostos de até 145% contra a China e 10-25% contra produtos brasileiros, como aço e alumínio. “Se ele taxa produtos brasileiros, haverá reciprocidade”, afirmou Lula meses antes, uma citação direta que reverberou em Pequim. Ele condenou o protecionismo, argumentando que “O protecionismo é uma ameaça à soberania”, em uma citação indireta analógica que compara as tarifas a barreiras contra o desenvolvimento global.
As tarifas americanas desencadearam retaliações, com a China impondo 125% sobre bens dos EUA e o Brasil considerando medidas na Organização Mundial do Comércio. O impacto no Brasil é significativo, já que o país exportou US$ 337 bilhões em produtos como café, aço, e aviões para os EUA em 2024. A postura de Lula fortalece a aliança com a China, que busca negociações para mitigar conflitos comerciais.
Investimentos Chineses e Eventos em Pequim
A visita de Lula a Pequim, entre 12 e 13 de maio de 2025, incluiu o Fórum China-CELAC, que reuniu líderes latino-americanos para discutir parcerias com a China. Eventos comerciais paralelos, possivelmente referidos como Fórum Empresarial Brasil-China, marcaram o anúncio de R$ 27 bilhões em investimentos chineses. “Assinaremos projetos com sinergia para aumentar exportações à China”, declarou o ministro dos Transportes, Renan Filho, em uma citação direta que destaca o foco em resultados econômicos.
Os investimentos abrangem setores como automóveis, semicondutores, ferrovias para conectar regiões agrícolas a portos, e agronegócio. Projetos anteriores, como os 40 acordos assinados em 2024, incluíram energia renovável e infraestrutura. A entrada da SpaceSail, uma alternativa à Starlink, no mercado brasileiro via parceria com a Telebras sinaliza avanços em tecnologia. Apesar do potencial, barreiras burocráticas continuam a desafiar a implementação desses projetos.
Equilíbrio Geopolítico em um Mundo Dividido
Lula posiciona o Brasil em uma diplomacia de não alinhamento, equilibrando laços com a China e os EUA. “O Brasil não vê a competição entre China e EUA como um jogo de soma zero”, afirmou em 2023, em uma citação indireta que reflete sua estratégia. Analistas observam, em um discurso interpretativo, que “Lula vê a China como um contrapeso à influência americana”. Essa abordagem permite ao Brasil manter cooperação com os EUA em segurança e democracia, enquanto aprofunda o comércio com a China.
A relação Brasil-China enfrenta desafios, como a dependência de commodities (soja, minério) e a deindustrialização. Investimentos chineses em 5G e semicondutores são promissores, mas geram tensões com os EUA, que levantam preocupações sobre segurança. Apesar disso, a parceria é considerada essencial, especialmente diante das tarifas americanas, que restringem o acesso do Brasil a mercados globais.
O Brics e a Voz do Sul Global
A parceria Brasil-China ganha força no Brics, bloco presidido pelo Brasil em 2025, com cúpula marcada para julho no Rio de Janeiro. “O Brics é uma alternativa ao sistema dominado pelos EUA”, disse Lula em 2023, em uma citação indireta analógica que posiciona o bloco como um novo equilíbrio global. A China apoia iniciativas como o comércio em moedas locais, com pagamentos em yuan já implementados entre Brasil e China desde 2023, reduzindo a dependência do dólar.
A exclusão digital, que afeta cerca de 30% dos brasileiros, permanece um obstáculo, com dados de 2025 indisponíveis, uma ausência aqui sinalizada. Investimentos chineses em 5G podem ajudar a conectar comunidades, mas exigem políticas públicas robustas. A liderança de Lula no Sul Global depende de avanços em inclusão e inovação.
Sustentabilidade na Parceria
Lula busca uma parceria sustentável com a China, enfatizando a preservação ambiental. “O desenvolvimento agrícola não precisa de desmatamento”, declarou em 2023, em uma citação direta que reforça seu compromisso com a Amazônia. Investimentos chineses em energia solar e eólica, consolidados em acordos de 2024, podem apoiar esse objetivo. No entanto, a expansão agrícola para atender a China preocupa, já que 80% do desmatamento na Amazônia está ligado à pecuária.
Um Pacto Verde Global, embora não mencionado na agenda de Pequim, seria uma iniciativa plausível para atrair mais investimentos chineses em sustentabilidade. “A relação Brasil-China está madura para superar obstáculos”, afirmou Renan Filho, em uma citação direta que projeta otimismo. A coordenação entre governos será essencial para alinhar crescimento econômico e responsabilidade ambiental.
Um Futuro de Cooperação Multipolar
Lula posiciona a parceria Brasil-China 2025 como um motor de desenvolvimento e resistência ao protecionismo. “A parceria entre China e Brasil é incontornável e indestrutível”, reiterou, destacando a visão de um mundo multipolar. Propostas como um Fórum Tecnológico Brics, para conectar 90% da população global à internet até 2030, refletem o potencial da parceria, embora sejam ideias exploratórias. Com desafios internos e globais, o Brasil avança como líder do Sul Global, fortalecido pela aliança com a China.