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Parlamento da Coreia do Sul rejeita lei marcial, militares deixam Assembleia Nacional

por brunojorge
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Decisão histórica no Parlamento da Coreia do Sul

Os militares e autoridades policiais que ocupavam a Assembleia Nacional da Coreia do Sul deixaram o local de forma pacífica após os parlamentares rejeitarem, por unanimidade, o decreto de lei marcial proposto pelo presidente Yoon Suk Yeol. O episódio marca uma das maiores tensões políticas no país desde o fim da ditadura militar na década de 1980.

O decreto, derrubado por 190 votos entre 300 parlamentares, foi rejeitado em conformidade com a Constituição, que prevê a revogação da lei marcial por maioria no parlamento.

Pronunciamento oficial

Após a votação, Woo Won-sik, presidente da Assembleia Nacional, enfatizou a nulidade do decreto:

“O presidente deve suspender imediatamente a lei marcial de emergência após a votação pela Assembleia Nacional. Agora, a declaração de lei marcial de emergência é inválida.”

Entenda o decreto de lei marcial

A medida decretada por Yoon Suk Yeol transferia poderes civis para o comando militar, suspendia atividades políticas e restringia a imprensa. Segundo o presidente, era necessária para combater supostos “elementos pró-Coreia do Norte”.

No entanto, críticos afirmam que a medida foi uma represália do presidente contra o Parlamento após a rejeição de sua proposta orçamentária e o impeachment de membros de seu gabinete.

Yoon Suk Yeol declarou:

“Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças anti-estado e pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre.”

Tensão durante a votação

A sessão ocorreu em um clima de extrema tensão. Tropas militares tentaram impedir o acesso dos parlamentares ao prédio, o que levou alguns a entrarem pelas janelas para garantir a realização da votação. Apesar das tentativas, a deliberação foi concluída e o decreto anulado.

Após o resultado, os militares deixaram o edifício da Assembleia Nacional, mas mantiveram presença nos arredores para conter protestos populares.

Reação popular e impacto político

A declaração de lei marcial gerou protestos em massa. Manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento, entoando palavras de ordem como “Abram a porta”, em oposição ao autoritarismo. As forças policiais dispersaram os protestos, mas a crise expôs divisões profundas na sociedade sul-coreana.

Este foi o primeiro decreto de lei marcial na Coreia do Sul desde o fim da ditadura militar, no final da década de 1980. O episódio pode representar um divisor de águas no governo de Yoon Suk Yeol, que enfrenta crescente pressão política e social.

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